14/01/2013 17h10 - Atualizado em 14/01/2013 17h10
Casal de agentes penitenciários tem carro atingido por tiros, no ES
Servidores reclamam de insegurança vivida por quem trabalha em presídios.
Sejus diz que não foi comunicada sobre o caso, mas explica como agir.
Do G1 ES
Um casal de agentes penitenciários teve o carro atingido por cinco tiros, na madrugada desta segunda-feira (14), no bairro Interlagos, em Linhares, região Norte do Espírito Santo. Os servidores reclamaram da insegurança vivida por quem trabalha em presídios. Sobre o caso, a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) explicou que não foi comunicada.
Os disparos foram flagrados pela câmera de videomonitoramento de uma empresa. Os tiros partiram de uma pessoa em uma motocicleta. “Eu já tinha chegado do trabalho e havia deitado há pouco tempo. Cheguei a ouvir um barulho e levantar, mas achei que tivesse sido um sonho. Logo em seguida, acordamos com a ligação do meu pai, que mora em cima da minha casa e tinha ouvido os barulhos de tiros também”, disse a agente, que preferiu não ser identificada.
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Duas pessoas são mortas e três ficam feridas em atentado na BahiaEx é suspeito de jogar bomba caseira em casal de namorados, em GoiásA mulher contou que está na profissão há três anos e meio, e que nesse tempo já presenciou muitas situações dentro de presídios. “É um mundo paralelo ao que a gente vive aqui fora. Os presos têm gírias próprias, leis próprias, muitas vezes não obedecem regras, é difícil lidar com eles”, contou.
O esposo, que também é agente penitenciário, explicou que acredita ter sofrido um atentado. “No passado já sofri ameaças, mas sempre por telefone. Essa foi a primeira ameaça direta”, disse o servidor, que atualmente está afastado por motivos de saúde.
A maioria dos disparos acertou a porta do motorista, mas ninguém estava dentro do veículo no momento. “Mesmo que de uma forma direta a gente não tenha nenhum problema com presos, eles atentam contra a gente lá dentro e aqui fora. Isso que aconteceu comigo e meu marido é uma prova disso”, disse a agente.
A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) informou que o casal deve procurar a diretoria de inteligência da secretaria para que as providências cabíveis sejam tomadas. Além da Sejus, os servidores também podem recorrer à Polícia Civil.